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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O Casal dos Arneiros





Todos os direitos reservados @ Fausto Castelhano, "Retalhos de Bem-Fica" (2013)




(por Fausto Castelhano) 


Os antigos sítios e lugares da Freguesia de Benfica



Os antigos sítios e lugares da Freguesia de Benfica Sempre que pesquisamos lugares ou sítios, mormente relacionados com os povoados mais antigos da Freguesia de Benfica, tropeçamos, frequentemente com o termo Arneiro ou Arneiros: Rua dos Arneiros (antiga Travessa dos Arneiros), Estrada dos Arneiros, Casal dos Arneiros, Moinho dos Arneiros e, até mesmo, o novo Cemitério dos Arneiros, designação inicial atribuída ao actual Cemitério de Benfica aquando da sua construção no ano de 1869 devido à extinção, como se sabe, tanto do Cemitério de Benfica, localizado no adro ocidental da Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Amparo de Benfica como, também, do antigo Cemitério de Carnide onde os enterramentos se efectuavam tanto no interior do templo, como ao redor da Igreja de S. Lourenço de Carnide. Cemitério dos Arneiros para onde foram transladadas, um pouco atabalhoadamente, segundo se constou, as ossadas, lápidas e alguns jazigos dos cemitérios paroquiais atrás referidos.


Cemitério dos Arneiros (amarelo); Quinta das Palmeiras, antiga Quinta do Poço Chão (verde tracejado); 1 -Moinho dos Arneiros; 2 - Casal dos Arneiros; 3 - Estrada dos Arneiros; 4 - Travessa dos Arneiros, actual Rua dos Arneiros; 5 - Rua Cláudio Nunes, antiga Rua da Surrada; 6 - Calçada do Tojal; 7 - Estrada Militar (Estrada da Circunvalação); 8 - Posto de Limpeza Camarário do 10º Distrito; 9 - Estrada do Poço do Chão; 10 - Estrada da Correia; 11 - Capela do Cemitério; 12 - Cruzamento do Caliça (Carta Topográfica Militar de Portugal, 1928 - Serviços Cartográficos do Exército).


Documento 1 - Termo (6/11/1900) que assina Maria da Conceição Pinto Leão de Oliveira, obrigando-se às condições com que lhe foi adjudicado o arrendamento da casa do Casal dos Arneiros, em Benfica, para o Posto de Limpeza do 10º Distrito (Documento do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa) 


Recorrendo ao "Livro das Almas, Actas das Visitas Pastorais, Contas das Irmandades ou Eleições dos Irmãos", recolhem-se preciosos dados sobre o número exacto de fogos e residentes que constavam nos sítios ou lugares da área territorial da Freguesia de Benfica no decorrer dos séculos XVIII e XIX, tal como vem mencionado no livro “Benfica através dos tempos” do Padre Álvaro Proença. E assim, entre os núcleos populacionais que integravam a Freguesia de Benfica deparamos, mais uma vez, não só com a anotação do tal Casal dos Arneiros mas, também, o registo do número de habitações que ali existiam desde o século XVIII: em 1790, 3 fogos; em 1813 e 1834, 4 fogos e, em 1856, 3 fogos. E na página 30 da mesma publicação na descrição da Ribeira de Alcântara: “O grande caneiro que passa sob a Avenida de Ceuta leva, para o rio Tejo, todas as águas da encosta de Monsanto e de uma grande bacia formada a partir dos limites da antiga Porcalhota, pela Serra do Marco, Arneiro, Carnide e Cruz da Pedra, de um lado e, do outro, pelo Moinho da Atalaia, Calhariz e Serra de Monsanto, como atrás escrevemos”.



Documento 2 - Escritura (25/8/1915) de expropriação da propriedade denominada Casal dos Arneiros pertencente a Ana Elvira Pinto Leão de Oliveira (Documento do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa). 


Cá está, novamente, a referência ao Arneiro. Ora, a premência de resolução do intrigante enigma voltou à baila quando, recentemente, resolvemos revisitar a velhinha Estrada dos Arneiros de fagueira memória e, desde então, uma insistente curiosidade foi crescendo, crescendo e jamais nos largou a labita… Afinal de contas, qual a zona geográfica do território da Freguesia de Benfica onde se encontrava, realmente, o malfadado Casal dos Arneiros? Mistério intrincado e que urgia deslindar de uma vez por todas arredando, assim, uma realíssima preocupação que nos atormentava a mente sempre que tal assunto nos surgia…



Documento 3 - Escritura (23/3/1920) de expropriação do Casal dos Arneiros (moinho e terreno anexo) para alargamento do Cemitério de Benfica (Documento do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa) 


Assim, desatámos a espiolhar a questão um pouco mais a fundo e, quando tal acontece, amiúde somos premiados com algo de muito extraordinário e que nos pode surpreender agradavelmente… Foi o caso… O paradeiro do Casal dos Arneiros que procurávamos com tamanho denodo desde infindável tempo emergia, por fim, à claridade, após tantos e tantos anos decorridos de busca incessante que, por muito pouco, quase a soterravam de modo definitivo. Melhor, muito melhor: além do Casal dos Arneiros aparecia, também e à laia de brinde, a localização do moinho de vento dos Arneiros, estrutura tradicional da região saloia e de cuja efectiva existência ignorávamos em absoluto… Assim, descortinámos quatro valiosos documentos, além de soberba planta topográfica onde sobressaíam elementos essenciais com os quais, seria possível localizar de modo muito satisfatório, tanto o Casal dos Arneiros, como o moinho do mesmo nome, tal o magnífico espólio conseguido nas intensas pesquisas levadas a bom termo nos Arquivos da Câmara Municipal de Lisboa. Vejamos, então, o 1º Documento datado de 6 de Novembro de 1900 e que rezava assim: “Termo que assina Maria da Conceição Pinto Leão de Oliveira, obrigando-se às condições com que lhe foi adjudicado o arrendamento da casa do Casal dos Arneiros, em Benfica, para o Posto de Limpeza do 10º Distrito”.



Documento 4 - Escritura (23/6/1925) de expropriação de um moinho a Manuel Joaquim da Silva devido ao alargamento do Cemitério de Benfica (Documento do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa) 


O 2º Documento menciona a Escritura de expropriação do Casal dos Arneiros, em Benfica, a Ana Elvira Pinto Leão de Oliveira e tem a data de 25 de Agosto de 1915. O 3º Documento faz menção à Expropriação do Casal dos Arneiros (moinho e terreno anexo) para alargamento do Cemitério de Benfica e tem aposta a data de 23 de Março de 1920 e continha, como anexo, uma planta topográfica onde se inscrevem: o Casal dos Arneiros e o Moinho dos Arneiros, a Estrada Militar da Nova Circunvalação, a Rua Cláudio Nunes e a Travessa dos Arneiros, a Quinta do Vale Tareja, a Quinta do Sarmento e a Quinta do Charquinho.



Planta Topográfica 4P/1: 1 - Moinho dos Arneiros de Manuel Joaquim da Silva; 2 - Casal dos Arneiros; 3 - Quinta do Sarmento (Quinta do Bom-Nome); 4 - Quinta do Charquinho; 5 - Posto de Limpeza do 10º Distrito; 6 - Vale Tareja; 7 - Quinta das Palmeiras (antiga Quinta do Poço do Chão; A (laranja)- Caminho de acesso ao Casal e ao Moinho dos Arneiros; B (amarelo)- Estrada dos Arneiros; C (azul)- Travessa dos Arneiros (actual Rua dos Arneiros; D (rosa)- Rua Cláudio Nunes (antiga Rua da Surrada; E (verde)- Calçada do Tojal (Documento do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa) 


O 4º Documento, datado de 23 de Junho de 1925 regista a Escritura de expropriação de moinho a Manuel Joaquim da Silva devido a alargamento do Cemitério de Benfica. Ora, perante à documentação exposta, constatou-se que o processo de expropriação do Casal dos Arneiros, Moinho dos Arneiros e dos terrenos anexos visava, exclusivamente, a ampliação do Cemitério de Benfica, cujo espaço bastante exíguo se tornara insuficiente face às prementes necessidades sentidas pelas populações de Benfica e Carnide. Assim, e dando seguimento às justas reclamações das comunidades, as entidades oficiais avançaram, então, com o primeiro alargamento do Cemitério de Benfica, o chamado 4º Cemitério de Lisboa e cujas obras terão lugar na transição das décadas de 20/30 do século XX. Pela análise da Planta Topográfica 4P anexada ao 3º Documento, verificam-se alguns detalhes dignos do maior apreço e confirma-se, também, a notória exiguidade do espaço abarcado pelo primitivo Cemitério de Benfica em comparação com a área do actual cemitério depois dos dois alargamentos, ou seja, a ampliação que estamos a examinar e a posterior dilatação ocorrida em 1959.



Extracto da Planta Topográfica 4P/2: 1 - Moinho dos Arneiros; 2 - Casal dos Arneiros; 3 - Quinta do Sarmento (Quinta do Bom-Nome); 4 - Quinta do Charquinho; 5 - Posto de Limpeza do 10º Distrito; 6 - Capela do Cemitério de Benfica; 7 - Entrada secundária do Cemitério de Benfica; 8 - Entrada principal do Cemitério de Benfica; 9 - Quinta das Palmeiras, antiga Quinta do Poço do Chão; 10 - Quinta do Vale Tarejo; 11 - Estrada da Circunvalação (Estrada Militar); A (laranja)- Caminho de acesso ao Casal e Moinho dos Arneiros; B (amarelo)- Estrada dos Arneiros; C (azul)- Travessa dos Arneiros (actual Rua dos Arneiros; D (rosa)- Rua Cláudio Nunes, antiga Rua da Surrada (Documento do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa) 


Sensivelmente no sentido Sul/Norte encontrava-se a extrema que dividia o antigo Cemitério de Benfica e os domínios do Casal dos Arneiros, ou seja, entre o topo da rampa da Estrada dos Arneiros (confluência com a Travessa dos Arneiros) e a Estrada Militar. Assim, entre os dois espaços referidos existia o caminho de acesso ao Casal dos Arneiros, isto é, interligando a velha Estrada dos Arneiros com a Estrada Militar ou Estrada da Circunvalação e numa extensão que rondava 120 metros.



Extracto da Planta Topográfica 4P/3. O Casal dos Arneiros, o Moinho dos Arneiros de Manuel Jaquim da Silva e o caminho de acesso que existia entre a Estrada dos Arneiros e a Estrada Militar (Documento do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa) 


Depois do primeiro alargamento e a consequente absorção do Casal dos Arneiros, moinho e terrenos anexos, a fronteira do Cemitério de Benfica deslocou-se para Este, isto é, colidindo com os limites da Quinta do Charquinho, mas e ao mesmo tempo, seria suprimida definitivamente, qualquer ligação entre a Estrada dos Arneiros e a Estrada Militar. Assinale-se também, que o 1º Alargamento do Cemitério de Benfica e do Posto de Limpeza camarário contaram, ainda, com uma parcela de terreno retirado à Quinta do Charquinho através de Escritura de Cedência de 30/12/1930. Na Planta 4P/1 observam-se as conhecidas Estrada da Militar ou Estrada da Circunvalação, a Calçada do Tojal e os dois acessos, quer à Quinta do César (mais tarde, Quinta das Pedralvas), quer à Estrada da Circunvalação (cruzamento do Caliça). Evidencia-se, também, a Rua Cláudio Nunes e a Travessa dos Arneiros (actual Rua dos Arneiros), a Estrada dos Arneiros (com a conexão à Estrada Militar através do Casal dos Arneiros e o final da citada artéria com a Calçada do Tojal), a Quinta do Vale Tareja e, ainda, a Quinta das Palmeiras, a Quinta do Charquinho e a Quinta do Sarmento.



Início da Rua 8 no Cemitério de Benfica desde o portão secundário ao cruzamento com Rua 7 
(Foto de Fausto Castelhano, 2013) 


No extracto da Planta Topográfica 4P/2, além de parte das áreas da Quinta do Charquinho e Quinta do Sarmento, surge-nos o Casal dos Arneiros e o Cemitério de Benfica onde são visíveis, tanto a entrada principal e o portão secundário (junto ao caminho de acesso ao Casal dos Arneiros), como os dois pequenos edifícios de apoio (Serviços Administrativos) e, no termo da pequena alameda e no enfiamento do portão principal, a indicação da emblemática capela do cemitério.



Panorâmica da Rua 8 obtida a partir do cruzamento com a Rua 7, o ponto mais elevado do Cemitério de Benfica (Foto de Fausto Castelhano, 2013) 



Enfim, no recorte da Planta topográfica P4/3, a imagem revela-nos o caminho entre a Estrada dos Arneiros e a Estrada Militar (Estrada da Circunvalação) e verificamos, também, que o pequeno conjunto de fogos do Casal dos Arneiros localizava-se, aproximadamente, a meio do percurso mencionado. Ora, um pouco adiante e já bastante próximo da Estrada Militar, encontrava-se o altaneiro Moinho dos Arneiros e onde, certamente seriam moídos os cereais colhidos nas inúmeras herdades ao seu redor, nomeadamente, algumas culturas cerealíferas tradicionais da região, tais como, o trigo e o milho. Assim sendo e no intuito de confirmar a localização mais ou menos exacta do Casal dos Arneiros após a minuciosa abordagem da palpitante documentação obtida, deslocámo-nos ao Cemitério de Benfica. Então, recorrendo à quadrícula dos seus arruamentos insertos na Planta Topográfica 4P, iniciámos a nossa visita pelo Rua 8 (sentido Sul/Norte), ou seja, a linha de fronteira virada ao Nascente geográfico do primitivo Cemitério dos Arneiros e onde outrora existiu o respectivo muro de protecção. Assim, por entre a harmoniosa fileira de jazigos de ambos os lados da Rua 8, percorremos o curto trajecto de acentuada inclinação desde o portão secundário (situado no início da Rua João Ortigão Ramos, troço da antiga Estrada dos Arneiros) até ao seu términus, isto é, o cruzamento (na perpendicular) com a Rua 7 (Este/Oeste) e onde pontifica o memorial ao pintor/escultor Francisco Santos.



Memorial ao pintor/escultor Francisco Santos erguido no cruzamento da Ruas 7 e Rua 8 do Cemitério de Benfica, isto é, no local de maior altitude do Cemitério de Benfica 
(Foto de Fausto Castelhano) 


Aqui, abre-se um espaço planáltico de alguma dimensão (a Leste) e cuja superfície, anterior ao primeiro alargamento do cemitério, encontrava-se inserido nos antigos domínios, tanto do Casal dos Arneiros, como do chamado moinho de vento dos Arneiros. Trata-se, seguramente, de um dos cerros de cota mais elevada existente nas cercanias do centro histórico da Freguesia de Benfica, mesmo em confronto com a alta colina onde se ergue o palacete da Quinta da Granja de Cima.



A Rua 7 desde o cruzamento da Rua 8 (o ponto culminante em altitude do Cemitério de Benfica) até à capela do Cemitério de Benfica 
(Foto de Fausto Castelhano, 2013) 


Observando a configuração do espaço em questão, constata-se que a cerca de dez metros na direcção Norte, o terreno vai precipitar-se abruptamente sobre a Estrada Militar e a Urbanização de Alfornelos e a Este, após breve declive e galgados à volta de 40 metros, uma profunda ravina abre-se ao encontro das Urbanizações da Quinta do Bom-Nome (antiga Quinta do Sarmento) e Quinta do Charquinho. O local, que poderíamos com toda a propriedade baptizar de Cerro ou Cabeço dos Arneiros, oferece-nos ampla e magnífica panorâmica até onde a vista pode alcançar num raio superior a 200º, desde o Casal de Cambra, Brandoa e Alfornelos, o Alto de Odivelas e o Casal Falcão, Urbanizações de Carnide, Bom-Nome e Charquinho, Estádio da Luz e C. C. Colombo, Alto dos Moinhos, etc. Bafejado pelos ventos predominantes que no local sopram dos quadrantes Norte e Noroeste, Manuel Joaquim da Silva não poderia escolher sítio mais favorável para construir o seu moinho de vento, justamente no prolongamento da Rua 7 orientado ao Nascente, ou seja, além da linha de fronteira do cemitério, tal como se poderá confirmar com a imprescindível ajuda, tanto da Planta Topográfica 4P/1, como na Carta Topográfica Militar de Portugal, 1928. Assinale-se, ainda, que a capela do cemitério localiza-se no extremo oposto da Rua 7, precisamente no sentido do Poente.



Panorâmica obtida próxima do cruzamento da Rua 8 com a Rua 7 do Cemitério de Benfica: Odivelas, Pontinha, Casal Falcão, Alfornelos 
(Foto Fausto Castelhano, 2013) 


Pois bem, chegados aqui podemos asseverar com escassa margem de erro que o fugidio Casal dos Arneiros, pequeno aglomerado de fogos onde alguns habitantes decidiram fixar as suas residências situava-se, aproximadamente, a meio do antigo caminho que ligava a Estrada dos Arneiros à Estrada Nova da Circunvalação, tal como já fora mencionado anteriormente. E, quanto ao obscuro Moinho dos Arneiros comprovara-se que se erguia, efectivamente, nas cercanias do ponto mais elevado do Cemitério de Benfica.



Panorâmica parcial de Carnide e Urbanização da Quinta do Bom-Nome 
(Foto de Fausto Castelhano, 2013) 


A finalizar acrescentamos apenas, uma breve nota: ao procurar o significado da palavra Arneiro, deparamos com a seguinte indicação: “local arenoso, estéril”. Então, saltou-nos uma pertinente dúvida com foros de alguma consistência. Afinal, ao cabo e ao resto e entre tanto espaço disponível no enorme território da Freguesia de Benfica, provavelmente a escolha do local onde seria implantado o futuro Cemitério de Benfica não seria, convenhamos, fruto de um mero acaso. Será que tal preferência recaiu em solos onde a escassa aptidão agrícola saltava à vista? 
O agricultor Augusto Rodrigues Castelhano, que cultivou a Quinta do Charquinho desde 1945 até 1960, sempre se lamentou: “lá p’ra cima (e referia-se às malfadadas terras limítrofes ao cemitério) a colheita não dá nem p’rá lavra e muito menos p’rá sementeira”. E a mesmíssima situação ocorria nas parcelas superiores da Quinta do Sarmento… Ali, trigo jamais medrou…Apenas raquíticas espigas de aveia…e um matagal de cardos espinhosos! E pronto, termina aqui a incursão em torno do enigmático Casal dos Arneiros e do seu moinho de vento engolidos, sem qualquer apelo nem agravo, pelo impreterível 1º Alargamento do Cemitério de Benfica. Apesar da localização exacta do Casal dos Arneiros se esfumarem, pouco a pouco, devido ao inexorável turbilhão do tempo, ainda assim tornou-se possível recuperar as suas coordenadas quando tal já se julgariam perdidas para sempre. 







2 comentários:

  1. Mais um excelente texto do nosso amigo Fausto...e nada arenoso...

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  2. Um óbito: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/11/imaterial-retiro-ferro-de-engomar-1930.html

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