(por Vítor Vieira)
Biblioteca de New South Wales, em Sydney (Austrália)
Fotografia de Chanc (disponível aqui)
Fotografia de Chanc (disponível aqui)
Sem eu saber, o dia estava carregado de tons plúmbeos e chovia muito lá fora, a cântaros. Sim, porque neste dia, ao contrário do habitual numa qualquer manhã, não acordara às 7h30, deixara-me dormitar um pouco até mais tarde.
Vou contar-vos o motivo desse prolongamento na cama, da qual parecia não querer largar.
Logo, ao início da noite, comecei a sonhar, ainda acordado, que já estava em construção a biblioteca de Benfica, no espaço da antiga fábrica “Simões”, aqui ao lado de minha casa.
Era um espaço térreo, muito grande, ao qual apenas tinha ido uma vez. Desta vez, os meus olhos já viam máquinas, operários, paredes a serem construídas e muito movimento. Era o princípio da construção da nossa almejada biblioteca.
Depois de pegar efetivamente no sono e, talvez, de cair nas delícias de Morfeu, eis que repego o tema da biblioteca de Benfica, chegando ao ponto de começar por visualizar a porta de entrada, para mim a última fronteira entre a vigília e o sono . Tratava-se daquela porta que está virada para a Avenida Gomes Pereira, tendo sido habilmente reconstituída em ferro forjado, rica em pequenos pormenores decorativos, na sua maioria florais, e pintada de um verde mate. Essa porta conduzia-nos a uma ampla sala, excelentemente iluminada por uma claraboia e amplas janelas que quase tocavam no pé-direito, que servia de receção.
Era ali, que, em fila quase indiana, se alinhavam cerca de 20 a 30 pessoas, estoicamente à espera de chegar à sua vez para serem atendidas por três jovens moçoilas, que exibiam largos sorrisos inspiradores de serenidade e muita tranquilidade.
Sem pretender ficar na ordem ali previamente estabelecida, resolvi ir desbravar outras salas que me esperavam.
Eis então que cheguei à sala das crianças, onde as cores eram muito mais do que as do arco-íris, e havia cerca de 10 a 15 crianças: umas lendo, outras folheando somente livros, outras pespegadas à tv a verem vídeos e apenas cerca de 2 a ouvirem músicas com uns enormes auscultadores, também eles muito coloridos.
Num ápice, passei à sala de leitura de jornais e revistas. Aí, parecia reinar o silêncio e a meditação e anteviam-se os ares circunspectos dos seus leitores, na sua maioria pessoas mais velhas, nas quais se contavam mais do que um bom punhado de reformados.
Mais por uma questão de curiosidade, fiz uma incursão à casa de banho, a qual, sendo espaçosa, para além do ar que se renovava por uma janela exterior, respirava o asseio típico de uma obra recentemente inaugurada.
Em passo apressado, dei de caras com a gigantesca sala dedicada a toda a espécie de livros, desde romances (nacionais e estrangeiros), biografias, dramas, banda desenhada; enfim uma miríade de livros ao alcance de qualquer mão e espírito aberto às delícias da leitura, onde pontuavam, dispersos, uns apetitosos sofás.
Por fim, e quase transportado por um passo de magia, divisei uma esplanada exterior, com um ligeiro ar intimista, onde, indiferentes à chuvinha miudinha que ainda se fazia sentir, se viam e riam alegremente uns quantos pares de namorados abraçados a livros e revistas.
Acordei sobressaltado!
Rapidamente enxerguei uns quaisquer trapitos e, sem nada dizer a ninguém em casa, fui a correr para ver a biblioteca de Benfica.
Esbaforido, cheguei ao local, tendo encontrado as mesmas ruínas de sempre…
Logo, ao início da noite, comecei a sonhar, ainda acordado, que já estava em construção a biblioteca de Benfica, no espaço da antiga fábrica “Simões”, aqui ao lado de minha casa.
Era um espaço térreo, muito grande, ao qual apenas tinha ido uma vez. Desta vez, os meus olhos já viam máquinas, operários, paredes a serem construídas e muito movimento. Era o princípio da construção da nossa almejada biblioteca.
Depois de pegar efetivamente no sono e, talvez, de cair nas delícias de Morfeu, eis que repego o tema da biblioteca de Benfica, chegando ao ponto de começar por visualizar a porta de entrada, para mim a última fronteira entre a vigília e o sono . Tratava-se daquela porta que está virada para a Avenida Gomes Pereira, tendo sido habilmente reconstituída em ferro forjado, rica em pequenos pormenores decorativos, na sua maioria florais, e pintada de um verde mate. Essa porta conduzia-nos a uma ampla sala, excelentemente iluminada por uma claraboia e amplas janelas que quase tocavam no pé-direito, que servia de receção.
Era ali, que, em fila quase indiana, se alinhavam cerca de 20 a 30 pessoas, estoicamente à espera de chegar à sua vez para serem atendidas por três jovens moçoilas, que exibiam largos sorrisos inspiradores de serenidade e muita tranquilidade.
Sem pretender ficar na ordem ali previamente estabelecida, resolvi ir desbravar outras salas que me esperavam.
Eis então que cheguei à sala das crianças, onde as cores eram muito mais do que as do arco-íris, e havia cerca de 10 a 15 crianças: umas lendo, outras folheando somente livros, outras pespegadas à tv a verem vídeos e apenas cerca de 2 a ouvirem músicas com uns enormes auscultadores, também eles muito coloridos.
Num ápice, passei à sala de leitura de jornais e revistas. Aí, parecia reinar o silêncio e a meditação e anteviam-se os ares circunspectos dos seus leitores, na sua maioria pessoas mais velhas, nas quais se contavam mais do que um bom punhado de reformados.
Mais por uma questão de curiosidade, fiz uma incursão à casa de banho, a qual, sendo espaçosa, para além do ar que se renovava por uma janela exterior, respirava o asseio típico de uma obra recentemente inaugurada.
Em passo apressado, dei de caras com a gigantesca sala dedicada a toda a espécie de livros, desde romances (nacionais e estrangeiros), biografias, dramas, banda desenhada; enfim uma miríade de livros ao alcance de qualquer mão e espírito aberto às delícias da leitura, onde pontuavam, dispersos, uns apetitosos sofás.
Por fim, e quase transportado por um passo de magia, divisei uma esplanada exterior, com um ligeiro ar intimista, onde, indiferentes à chuvinha miudinha que ainda se fazia sentir, se viam e riam alegremente uns quantos pares de namorados abraçados a livros e revistas.
Acordei sobressaltado!
Rapidamente enxerguei uns quaisquer trapitos e, sem nada dizer a ninguém em casa, fui a correr para ver a biblioteca de Benfica.
Esbaforido, cheguei ao local, tendo encontrado as mesmas ruínas de sempre…
1 comentário:
Que bom sonho...de fazer inveja!
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