Todas as manhãs a esperam, zelosamente, em minuciosas posições estáticas e contemplativas. Quase se diria uma espécie de ritual.
Depois seguem-na a correr, por entre as suas pernas; e já do outro lado, saciam-se com a primeira refeição do dia.
Não se deixam tocar, são ariscos e medrosos. Fogem velozes, quando passamos pelo jardim. E ainda bem que assim é!
Fazem, talvez, parte da 2ª ou 3ª geração de ninhadas que por ali foram, consecutivamente, nascendo.
Segundo consta na vizinhança, há largos meses atrás, os últimos da sua espécie haviam sido dizimada por cães, utilizados pelos seus donos para
lutas (os quais se divertiram nessa noite a "treiná-los" com os gatos).
Muito provavelmente, dos que sobreviveram nasceu esta nova ninhada.
Vida de gato (de rua) não é fácil!...
Acarinhados e alimentados por uns, bestializados por outros. A esperança de vida de um gato de rua não é longa.
No entanto, continuam a existir e caracterizar todos os bairros de Lisboa. Tal como, também, continuarão a existir essas "almas caridosas" que os alimentam.
Importante seria que a consciencialização sobre a
importância das esterilizações e castrações dos animais de rua aumentasse, de modo a que os mesmos pudessem ter alguma qualidade de vida e se conseguisse controlar melhor as diversas colónias de felinos.
Mais informações
aqui.