(por Alexandra Carvalho com Fausto Castelhano)
Foi ontem inaugurado o primeiro parque hortícola de Lisboa, na Quinta da Granja, que contou com a presença do presidente da autarquia, António Costa, do vereador do Ambiente e Espaços Verdes, José Sá Fernandes e de alguns membros do executivo da Junta de Freguesia de Benfica.
O Parque Hortícola da Quinta da Granja é constituído por 38 talhões de 150 m2 cada, para uso agrícola.
Destes 38 talhões, 18 já se encontram ocupados pelos hortelões que cultivavam aqueles terrenos há vários anos, destinando-se os restantes 20 aos vencedores de um concurso lançado pela Câmara Municipal de Lisboa (concurso ao qual se candidataram 326 candidaturas válidas).
Não colocando, de forma alguma, em causa a criação deste Parque Hortícola (o qual consideramos importantíssimo, em especial nos tempos de austeridade que vivemos, em que cada vez mais famílias e indivíduos se verão na contingência de alterar as suas formas de sustento), não podíamos deixar de aqui alertar para o facto de no local onde o mesmo foi construído ter passado, noutros tempos, um ribeira.
Essa ribeira, vinda da Pontinha e das terras de Alfornelos, atravessava no sentido longitudinal a chamada Quinta do Sarmento e do Bom-Nome, tendo, em todo o seu trajecto sido atulhada, assim como os dois poços que aí existiram.
Apesar do atulhamento da ribeira, o facto é que as caves e garagens dos prédios da urbanização da Quinta do Bom-Nome, por exemplo, tem problemas persistentes sempre que chove.
Como é sabido do público em geral, a freguesia de Benfica não tem sido poupada a diversas situações graves de inundações, pelo que fazemos votos para que o Parque Hortícola da Quinta da Granja não venha a constar, futuramente, no rol dos locais atingidos, deteriorando assim todo o trabalho empreendido pela Câmara Municipal de Lisboa para a construção do mesmo e o trabalho futuro dos hortelões que ali se venham a instalar.
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