Nos últimos dias, a nossa freguesia tem aparecido na comunicação social pelos piores motivos possíveis!...
Entretanto, devido a este caso ter chegado aos mass medias, nas últimas semanas, as ruas de Benfica têm andado mais patrulhadas pela PSP.
Mas não foi isso que impediu que, no início desta semana, tivessem roubado o cartão multibanco aos meus avós em plena Estrada de Benfica (depois de os terem visto digitar o código na caixa multibanco no interior da dependência da CGD em frente ao Chafariz de Benfica).
Triste vai o nosso país quando aqueles que roubam para prover a necessidades básicas são admoestados por Tribunais e os que vilmente saqueiam pessoas de idade (que trabalharam toda a sua vida, para terem uma mísera reforma) continuam cá fora (a gozar com a vida dos outros)!...
Entretanto, devido a este caso ter chegado aos mass medias, nas últimas semanas, as ruas de Benfica têm andado mais patrulhadas pela PSP.
Mas não foi isso que impediu que, no início desta semana, tivessem roubado o cartão multibanco aos meus avós em plena Estrada de Benfica (depois de os terem visto digitar o código na caixa multibanco no interior da dependência da CGD em frente ao Chafariz de Benfica).
Triste vai o nosso país quando aqueles que roubam para prover a necessidades básicas são admoestados por Tribunais e os que vilmente saqueiam pessoas de idade (que trabalharam toda a sua vida, para terem uma mísera reforma) continuam cá fora (a gozar com a vida dos outros)!...
"Em busca do violador de Benfica no descampado de todos os crimes"
por Rosa Ramos, Publicado em 07 de Janeiro de 2010
Jornal "i"
Fotografia de Filipe CasacaO ano começou mal em Benfica, Lisboa. Na madrugada do dia 1 de Janeiro, António Santos chegou ao restaurante de que é proprietário pouco depois das oito da manhã. Quando encontrou a polícia à porta teve a certeza: tinha sido assaltado. Foi-lhe barrado o acesso às traseiras do restaurante e a polícia foi peremptória: "Aconteceu um crime." Pouco depois chegou a Polícia Judiciária (PJ). Afinal não tinha sido um roubo, "mas uma violação". A Rua Cláudio Nunes saltou para as páginas dos jornais. Três violações em seis dias. Em todas, o violador terá agido da mesma maneira. Esperou as mulheres na paragem de autocarros da Igreja de Benfica, seguiu-as e levou-as para um pequeno descampado, que dá acesso à rua através de um túnel.
Em Benfica, muitos moradores preferem encarar o caso com algum humor. Alguns comerciantes - na rua toda a gente se conhece - até já fizeram uma lista de suspeitos. E brincam com o assunto. "Não é caso para tanto alarmismo. Mas em Portugal só há espaço para este tipo de casos. Para isto, ou para debater o casamento entre homossexuais", atira o dono de uma frutaria. Mas há quem leve o assunto mais a sério, como a empregada de um estabelecimento que garante ter visto "um homem suspeito ao início de uma noite da semana passada". Agora só sai de dentro da loja se o marido a for buscar. O patrão conta que até já ameaçou despedir-se. E não dá a cara para contar o que viu.
Não há ninguém que não tenha histórias de crime para contar no bairro. Aurora da Graça, 84 anos, é rápida a desfiar uma lista interminável de tentativas de burla e assédio de que já foi vítima. "Há tempos, numa paragem de autocarro ali mais abaixo, um homem com um carro preto perguntou-me se queria boleia. E também já aconteceu a outras senhoras da minha idade", garante a octogenária.
A paragem de autocarro onde o suposto violador ataca está rodeada de bancos, restaurantes, cafés e quiosques. Há uma frutaria e o cabeleireiro Guida Maria. Apesar do movimento constante, os moradores convivem há muito com o crime. De noite ou de dia. "Já se perdeu a conta ao número de idosos assaltados junto ao banco", garante Jorge Sequeira, dono da Loja da Carne. Há histórias para todos os gostos. De assaltos por esticão, furtos em residências. De assédio. Por isso, a história do violador não impressiona a vizinhança.
Mas impressionou António Vieira, 70 anos, que também deu com a polícia na madrugada do dia 1, quando ia passear o cão, como de costume, para o descampado onde terão acontecido as violações. Oferece-se para servir de guia no local. Primeiro mostra a tábua onde o crime terá sido cometido - e onde, a escassos dois metros, jaz, ironicamente, um preservativo cor-de-rosa. Usado.
O descampado não tem mais de cem metros, mas, segundo os vizinhos, é uma fonte "interminável" de criminalidade. "Costuma cá estar, à noite, um grupo de prostitutas romenas e é local de droga e assaltos frequentes", garante o morador.
Num dos extremos do descampado alguém reaproveitou as ruínas de uma pequena casa: lá dentro há seringas, roupa e até uma impressora. À porta, Lurdes Estrela, outra moradora, construiu um abrigo para as dezenas de gatos abandonados que habitam o local. Aproveita o descampado para passear os dois cães e alimenta diariamente os gatos. E nem o facto de ter sido "apedrejada por um grupo de adolescentes" a demove. Segura a coleira dos cães com as duas mãos e atravessa o descampado, alheia a garrafas partidas, embalagens de pílulas e invólucros de preservativos que cobrem o chão. "É incrível que a Câmara de Lisboa, ou alguém, não tenha mão nisto, apesar dos problemas que aqui acontecem", reclama António Vieira.
O terreno pertence à Câmara, mas a Paróquia de Nossa Senhora do Amparo de Benfica quer construir no local, há mais de dez anos, um lar de idosos. O cónego José Traquina admite que "existiram conversações há 12 anos e que foram recentemente retomadas". Mas nem sequer existe projecto.
Entretanto, os moradores evitam o local. Graça Pão Mole, que tem uma loja a poucos metros, jura que nunca lá pôs os pés. Do violador, diz que não sabe nada, mas apressa-se a contar que anteontem teve um dia difícil. Primeiro, um casal de carteiristas resolveu atacar na loja. "Ela deixou cair moedas para o chão, ele fingiu que as ia apanhar e entretanto tentou roubar a carteira a um cliente." Foi apanhado e fugiram. Mais tarde, às 19 horas, ficou às escuras com uma cliente. "Quando saí à rua para ir ver do quadro eléctrico, vi um sujeito de cor a masturbar-se à esquina", garante.
Das violações a PJ não fala. Admite apenas que está "a investigar o caso".
Com Augusto Freitas de Sousa
6 comentários:
Soube do caso, mas muito por alto, através da 1ª página do Correio da Manhã,depois não tenho visto televisão e não soube ao certo o que se passou. De facto é de lamentar que coisas destas existam e pior ainda, com muito mais frequência. Não é novidade nenhuma que cada vez mais se permitem crimes a torto e a direito:((, mas também sabemos a justiça que temos:(, por isso temos que ser nós a defendermo-nos desses "abutres", fazendo o melhor que sabemos.
Longe vão os tempos em que nada disto se passava, podíamos andar à vontade, passear à noite..., agora nem pensar.
Tenho pena do que aconteceu aos teus avós:(
Beijinhos
Dulce
Dulce: muito obrigada, Amiga!
De facto, é de lamentar que situações destas aconteçam :(
Não tenho a certeza absoluta de que "longe vão os tempos em que nada disto se passava (...)"; na verdade, acho que este tipo de coisas sempre se passaram e que a nossa memória é que tende a glorificar o Passado como o ideal.
O que penso que se passa actualmente é que, fruto da era da globalização em que vivemos, temos mais conhecimento deste tipo de situações, sobretudo devido à comunicação social.
Mas, na verdade, é de lamentar o clima de impunidade que se vive no nosso país actualmente :(
Bjs
Olá Alexa, lamento imenso o que aconteceu aos teus avós. Com as pessoas de uma certa idade torna-se ainda mais perigoso mas eu própria quando vou a um multibanco já olho primeiro para todos os lados.
Para evitar este tipo de situações já há bastante tempo que somos nós que levantamos dinheiro aos meus pais. Contudo, há cerca de 2 anos, o meu pai resolveu ir à C.G.D. levantar mais dinheiro e veio para casa. Quando ia a entrar na escada do prédio é atacado por um rapaz acompanhado de uma rapariga. O fulano passa-lhe o braço pelo pescoço de modo a tapar-lhe o boca com a mão e com a outra pegar na carteira. Uma empregada da loja em frente percebeu algo de estranho e foi ver o que se passava e começou a gritar "ladrão". O fulano atrapalhou-se e o meu pai deu-lhe uma bengalada com a parte metálica e com a força que podia atingindo-o na cabeça. É evidente que fugiram mas deixaram cair a carteira. O meu pai recorda-se de os ter visto dentro da C.G.D.
NUNCA mais o meu pai foi levantar dinheiro sózinho. Foi um susto, mas teve muita sorte.
Estes malandros põem-se a vigiar os idosos, seguem-nos e atacam-nos. Sempre houve roubos mas actualmente está pior e são muito agressivos.
Bjs.
Depois do roubo de que o meu pai foi alvo, causado pela negligência, falta de profissionalismo ou algo mais, de outra pessoa,só posso aconselhar a todos quantos são vítimas destes "profissionais" ou tenham na família idosos que já o tenham sido, que façam queixa na PSP e não se limitem a cruzar os braços!
Dá algum trabalho, muito desgaste emocional, mas o que é um facto é que a Polícia não adivinha quem é roubado se não formos nós a denunciar!
estes tipos são sempre tratados por "fulano" "sujeito" e afins , enquanto não apontarem o dedo a quem realmente anda a perturbar a vida da população estão a pactuar tal como a comunicção social faz em nome de uma "igualdade" do "todos iguais" , porra eu não roubo ninguém !sou apenas um honesto trabalhador pagador de impostos e quero ser feliz na terra que escolhi para viver !depois essa conversa de que sempre foi assim , tenha dó menina !ou já lhe fizeram a cabeça ou quer fazer a cabeça aos outros , não ouve os mais velhos ? bem se calhar devido à sua idade já nasceu nesta bandidagem que fomos importando durante anos e agora é o que se sabe !estes tais "fulanos" e "sujeitos" têm rosto e nome haja coragem para apontar o dedo ! eu apenas quero ser feliz!
Caro/a Anónimo/a de 1 de Janeiro de 2013, às 12h31:
Lamento muito que não tenha percebido o que escrevi no cabeçalho deste post, nem tão pouco nos comentários que aqui coloquei.
Aparentemente, veio aqui comentar (sem ter coragem sequer para colocar o seu nome!), apenas, para vir embirrar comigo a propósito da minha idade (e sabe-se lá com que outros motivos!).
Olhe, temos pena... mas, de facto, não vamos estar a dar "pérolas a porcos", como se costuma dizer!
Bom ano!
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