terça-feira, 9 de junho de 2009

Em busca de... - II





A Travessa do Rio fica situada num pequeno beco entre a Estrada de Benfica e a Avenida Gomes Pereira.






Quando vimos de lado da Estrada de Benfica, ao passarmos pelas arcadas de um prédio ali mesmo ao pé da paragem de autocarros, vislumbramos logo um imponente edifício, de linhas arquitectónicas a destoarem do resto da paisagem.






No Nº 14 da Travessa do Rio situa-se este enigmático edifício, fechado já há alguns anos. O seu portão assemelha-se ao das antigas fábricas que existiam dentro da cidade de Lisboa (e as duas chaminés que ladeiam o seu telhado, parecem querer confirmar que se trataria de uma fábrica qualquer), mas as dúvidas sobre as suas origens perderam-se já no tempo.





À semelhança do que já aqui fizéramos, lançamos mais um repto aos nossos leitores, para que, caso conheçam as origens deste edifício, nos enviem alguma informação sobre o mesmo.









11 comentários:

Julio Amorim disse...

Na primeira fotografia no edifício ao fundo, era onde eu ia comprar carvão para os meu pai assar as sardinhas....:-)

Alexa disse...

E deste edifício, Júlio, não tem nenhuma recordação do que era?

Anónimo disse...

O edifício que se encontra na Travessa do Rio nº 14 pertence ao Laboratório Nacional de Investigação Veterinária.

Anónimo disse...

O edifício que se encontra na Travessa do Rio nº. 14 pertence ao Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, e foi a habitação do motorista do Director do referido Laboratório, entre 1950 e 1970.

Alexa disse...

Caros Anónimos de 3 e 5 de Outubro: muito obrigada pelos vossos comentários e elucidações sobre esta casa.

Anónimo disse...

Esse edificio foi usado como habitação de vários funcionário do LNIV na sua parte superior esquerda, carpineiro, fiel de armazém, motorista, tratador de cavalos, etc. A parte inferior esquerda são as cavalariças onde existiam os cavalos necessários ao trabalho da quinta , pois o terreno que vai até á esquadra pertencia ao LNIV e foi cultivado até 1974 para alimentação animal. Esses cavalos eram também os fornecedores do sangue essencial para o fabrico das vacinas da raiva que eram produzidas pelo LNIV.

Anónimo disse...

Na parte superior do edificio com o número 14 moraram, ao longo dos anos, vários funcionários do Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, motoristas, carpinteiros e tratadores de cavalos.Na parte inferior do lado esquerdo existiam instalações para criação de animais e do lado direito as cavalariças, onde os cavalos que aí existiam eram usados nos trabalhos da quinta e o seu sangue usado no fabrico da vacina da raiva.

Anónimo disse...

Amigo Júlio Amorim, a carvoaria ficava, exactamente, no nº6 da Travessa do Rio. A taberna/carvoaria do Ti Alfredo. A taberna, a porta mais larga com o nº 8, possuía 2 jogos de matraquilhos e uma mesa de Negus. O vinho do ti'Alfredo, excelente. Quando se acabava o nosso vinho, Abril/Maio (meu pai fazia vinho, e muito) era uma das tabernas preferidas do meu pai. O prédio ainda lá está, com algumas alterações. Agora, ocupado com o Restaurante "A Travessa" - Fausto Castelhano

Anónimo disse...

Este edifício pertenceu ao Lab. Nac. de Invest. Veterinária entretanto vendido e que vai ser despejado no próximo ano (2013). Na parte inferior são as cavalariças e as instalações de criação de animais para ensaios. Os cavalos trabalhavam na quinta e forneciam o sangue essencial ao fabrico da vacina da raiva. Se repararem estão visíveis os furos onde existiam as placas indicativas de "PATRIMÓNIO DO ESTADO".

Anónimo disse...

José da Costa Estrelado, o meu sogro e avô das minhas filhas, trabalhou como electricista no então chamado Laboratório Nacional de Patologia Veterinária. Depois do 25 de Abril de 1974, mudou para o actual nome . (Fausto Castelhano)

Anónimo disse...

Em relação ao LNIV que faz parte de Benfica desde 1918, se visitarem a pág. Amigos do LNIV, no facebook teram acesso a fotos e ao historial do laboratório que fez 100 anos no passado dia 9 de Julho, e que corre o risco de desaparecer. O jardim que possui arvores classificadas (segundo um estudo de 2010 a única "arvore da castidade" existente em Lisboa em espaço público, é um espaço que não é conhecido da maioria de Benfica mas tal como o edificio principal ou outros (cavalariças...)possui ajulejos e outros apontamentos que fazem parte da história de Benfica e deveriam ser preservados ou quem sabe abertos ao desfrute da população. Em especial agora que o LNIV deverá desaparecer. Desculpem o desabafo e obrigado.