quarta-feira, 22 de julho de 2009

Dª. Tina





De costas para a porta da loja, enquanto procurava a ração para as minhas gatas, ouvia-a entrar, protestando contra alguma coisa. Ao longe, enquanto passa, alguém diz:
- “Boa tarde Dª. Tina!”

Chegou perto do escaparate onde me encontrava, olhou para mim e perguntou-me:
- “Óh menina, sabe onde estão as pedras para gato?”
Indiquei-lhe um corredor à direita.
Passados uns breves instantes, voltou a chamar-me:
- “E sabe quais são as melhores pedras, menina?”

Olhei para ela de alto a baixo, meio de soslaio, timidamente.
Dª. Tina, nos seus 60 e muitos anos, tinha um ar humilde e um pouco desleixado, apesar do seu rosto revelar um porte extremamente fino. Nos pés trazia umas sandálias abertas, que deixavam vislumbrar umas unhas enegrecidas e malsãs.

Expliquei-lhe, então, que as pedras em granulado dos sacos de 10 lts. eram as mais baratas, apesar das pedras de areia fina aglomerante em pacote de 5 lts. serem mais higiénicas e, normalmente, durarem mais do que as primeiras.

- “É para o meu gato. Ele é assim como… [breve pausa, olhando por momentos no vazio] é assim como este [aponta para um gato branco, numa embalagem na prateleira ao lado]. Só tenho um gato agora. Dantes tinha muitos… mas as pessoas viam como eles estavam bonitos e gordos e comecei a dá-los. Se calhar vou levar antes este! [apontando para o pacote de pedras mais caro]

Digo-lhe que esse pacote custa 8€ e alguns cêntimos, ao passo que o outro é só 2€ e qualquer coisa.

- “E isto está tão mau! Está tão mau!... Saí hoje para ir cortar o cabelo [passa as duas mãos pelo seu cabelo grisalho encaracolado, alisando-o nervosamente], mas já não fui. Isto está tão mau e todos me pedem dinheiro. Outro dia emprestei 20€ a um que me pediu, porque tive pena, mas já sei que não me devolvem o dinheiro. O meu marido, que Deus o tenha em descanso [junta as duas mãos, olhando para cima, como se estivesse a rezar] não… mas o meu irmão se sabe que ando assim a tirar dinheiro do banco, vai zangar-se comigo.”

Por breves instantes, não consigo evitar que a dúvida me assole o espírito e começo a pensar que, no momento seguinte, a senhora me vai pedir para lhe pagar as pedras que quer levar. Sinto-me mal com esta desconfiança, porque é mesmo muito triste este tipo de pensamentos passarem-nos assim pela cabeça, mas, infelizmente, é o próprio mundo em que vivemos que os propicia.

Mas Dª. Tina não me pede o que quer que seja e continua, somente, a balbuciar um infindável monólogo sobre o estado do mundo, com as lágrimas prestes a marejarem-lhe os olhos.
Sem saber muito bem o que fazer, digo-lhe para ter calma e desejo felicidades e um bom ano.

E é, então, que ela se vira para mim e diz:
- “Deixe-me dar-lhe um beijo, minha querida!”
E, num sorriso imenso mas com as lágrimas já a escorrerem-lhe timidamente pelos olhos, aproxima-se de mim, agarra-me o rosto com as suas duas mãos encarquilhadas, e dá-me um beijo na testa, como se costuma fazer às crianças.

Despeço-me e volto à minha vida.

Quando, finalmente, chego ao balcão da loja para pagar, Dª. Tina ainda está na fila à minha frente, com o seu pacote de areia para gato. Pergunta à empregada da loja qualquer coisa sobre um produto vitamínico para felinos, retira uma nota de 10€ enrolada a um cartão Multibanco de dentro do bolso das calças e, por instantes, olha para trás… e já não me reconhece.

- “O que é que eu vinha aqui comprar?” – pergunta a si própria, já depois de ter pago à empregada e de em cima do balcão, mesmo à sua frente, se encontrar o pacote de areão.

Ninguém lhe responde. Os dois jovens empregados por detrás do balcão evitam olhar para ela, como se, para além de ter perdido a razão, a senhora tivesse também ficado invisível e não estivesse ali.

Subitamente, a mente de Dª. Tina regressa ao seu corpo e ela diz…
- “Ah, era isto!” [enquanto pega no pacote em cima do balcão]
Olha outra vez para mim e parece voltar a reconhecer-me.
- “A menina também vai levar pedras?” [diz enquanto coloco os 2 sacos de ração e o pacote de pedras em cima do balcão]

Respondo-lhe que sim e sorrio para ela.



[18/01/08]

terça-feira, 21 de julho de 2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

As "Cheias" de 1967




- "Sabe, estive a ver o seu blog na internet. E, se eu não soubesse já, pelo que li, diria mesmo que é antropóloga... nota-se ali, assim um bocadinho, na visão como mostra as coisas e o bairro." - diz-me um dos meus vizinhos do R/c, a quem, um destes dias, solicitara uma entrevista sobre a nossa freguesia.

E continua...

- "Até falei ali com o dono daquela loja da esquina, sobre o seu blog. Porque ele é que se lembra bem como Benfica era nesses outros tempos. Imagine que ele até se lembra e tem fotografias das cheias de 1967! Que aquilo foi uma coisa horrível, mesmo aqui na nossa rua, ficou tudo inundado. Mas não se podia falar... até hoje não se sabe bem o número exacto de pessoas que morreram. Mas nunca se ouve falar sobre isso, é como se nem sequer tivesse existido!"



Depois desta conversa, há alguns meses atrás, confesso a minha total ignorância sobre este assunto (em parte, devido a ainda nem sequer ser nascida a essa data), o que me deixou com muita curiosidade por investigar mais.









Cheias de Lisboa, 1967
(Vídeos RTP)

Enviado por hertzonline




Na noite de 25 para 26 de Novembro de 1967, em pouco mais de 12 horas, a região de Lisboa era atingida por fortes chuvas, que viriam a originar uma das maiores calamidades que se abateram sobre esta área.

A subida das águas foi de tal maneira forte e rápida, que ribeiras e esgotos ficaram sem qualquer capacidade para as escoar.

A chuva atingiu entre as 19h00 e a meia-noite do dia 25 de Novembro as zonas baixas dos quatro concelhos da Grande Lisboa (Lisboa, Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e Alenquer), mas só na manhã seguinte é que os portugueses se depararam com a verdadeira dimensão da tragédia.

As cheias arrastaram carros, árvores, animais e destruíram pontes, casas e estradas. Prédios destruídos, condutas rebentadas, avenidas transformadas em rios foram algumas das consequências das cheias que fizeram com que a região da Grande Lisboa ficasse irreconhecível. As comunicações foram interrompidas e os transportes públicos ficaram paralisados.

Urmeira, Póvoa de Santo Adrião, Frielas - povoações da bacia do rio Trancão -, e a Quinta dos Silvados, em Odivelas, foram os aglomerados urbanos mais atingidos. As casas eram de madeira e centenas de moradores foram engolidos pelas águas.

Lisboa, por seu turno, ficou irreconhecível. A Avenida de Ceuta, em Alcântara, esteve submersa e o mar de lama desceu até à Avenida da Índia. Na Praça de Espanha e na Avenida da Liberdade, só se passava de barco e, na estação de caminhos-de-ferro, centenas de pessoas ficaram retidas nas carruagens porque a água submergiu as linhas.

Além das circunstâncias naturais, a acção humana também contribuiu para agravar ainda mais a catástrofe, devido à construção que impermeabilizou os solos e desviou cursos de água.
A falta de limpeza de vegetação junto aos rios e ribeiras fez com que «entupissem», sem conseguir escoar o caudal e transbordassem, levando toneladas de entulho, lixo e detritos arrastados na torrente de água, que destruíam tudo à sua passagem.





Imagem disponível em "Ié Ié"




No dia seguinte, os meios de socorro revelaram-se incapazes de prestar o apoio às populações atingidas. Testemunhos da época apontam a falta de eficácia do socorro aos sobreviventes e a tentativa do regime de Salazar de impedir que a opinião pública se apercebesse da dimensão real da tragédia.

Os dados oficiais controlados pela censura apontaram para 250 vítimas mortais. Só após a Revolução de Abril é que os especialistas procuraram repor a verdade dos números. O rigor nunca será alcançado, mas estima-se que mais de 700 pessoas tenham morrido durante as inundações e cerca de 1100 tenham ficado desalojados em Lisboa, Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e Alenquer.


As cheias denunciaram a pobreza em que as populações da Grande Lisboa viviam: a maioria das vítimas habitava em barracas construídas nos leitos de cheias.


Perceber que o regime escondia a gravidade da situação, para além de não conseguir auxiliar devidamente os sobreviventes, conduziu a que muitos estudantes das associações académicas a colocarem-se em campo, ajudando as vítimas.


Foi o despertar político de muitos estudantes. Como recorda Mariano Gago
"(... ) com as cheias de 1967 e com a participação na movimentação dos estudantes de Lisboa no apoio às populações (morreram centenas de pessoas na área de Lisboa e isso era proibido dizer-se). Só as Associações de Estudantes e a Juventude Universitária Católica é que estavam no terreno a ajudar as pessoas a tirar a lama, a salvar-lhes os pertences, juntamente com alguns raros corpos de bombeiros e militares. Talvez isso, tenha sido um dos primeiros momentos de mobilização política da minha geração." *

Durante os dias a seguir às inundações, as redacções dos jornais receberam telegramas e telefonemas com orientações sobre o que se deveria escrever: qualquer referência ao movimento de solidariedade dos estudantes universitários de Lisboa seria, por exemplo, riscado pelo lápis azul da censura.


O regime salazarista tentou minimizar os impactos das chuvas, mas as suas repercussões atravessaram fronteiras e desencadearam um movimento de solidariedade internacional. Chegaram donativos dos governos britânico e italiano, do Principado do Mónaco e até o chefe do Estado francês, o general De Gaulle, contribuiu com uma "dádiva pessoal" de 30 mil francos (900 euros, no câmbio da época). O apoio em meios sanitários veio de França, Suíça e sobretudo de Espanha, que ofereceu mil doses de vacina contra a febre tifóide.









Artigos e blogs consultados para elaborar este post:


- CATULO, Kátia.
"Nunca choveu tanto como em 67", in Jornal "Diário de Notícias", 25/11/07.


- CATULO, Kátia.
"Cheias de 1967", in Jornal "Diário de Notícias", 25/11/07.

- CATULO, Kátia.
"A mentira dos números", in Jornal "Diário de Notícias", 25/11/07.

-
ROPIO, Nuno Miguel. "Cheias de 1967 voltariam a matar na Grande Lisboa", in "Jornal de Notícias", 23/11/07.

- LUSA
. "Quando a chuva trouxe a morte à capital", in Jornal
online "IOL Portugal Diário", 25/11/07.

- Casos de Estudo: As Cheias de Novembro de 1967 em Lisboa.

- As Cheias de 1967, Câmara Municipal de Odivelas.

- As Cheias de 1967, por Miguel Cardina.


-
Testemunho sobre as Cheias de 1967.








domingo, 19 de julho de 2009

A "Rabinho de Raposa"





As parcas “aventuras-com-animais” em que, nos últimos anos, me tenho visto enleada têm sido, quase sempre, preenchidas com a descoberta de grandes "personagens"…Pessoas cujas vidas e pequenos gestos diários trouxeram algo de único e muito precioso ao tempo que passaram neste mundo. Pessoas que, na maioria dos casos, findaram sozinhas e esquecidas os seus próprios dias… Mas cujas histórias de vida, certamente, dariam direito a uma bela narração no papel. Esta é uma homenagem muito sentida a uma dessas "personagens", uma grande Senhora, que, infelizmente, não tive a oportunidade de conhecer senão através das palavras das suas vizinhas (que, nas últimas semanas, tenho escutado atentamente), dos risos quentes que noutros tempos me chegavam vindos do seu terraço… e dos olhos das duas gatas que sempre protegeu em vida.



"Quero, um dia, dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe,
que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim
e que eu sempre dei o melhor de mim...
e que valeu a pena."

  Mário Quintana



Fotografia de Alexandra Carvalho



(por Alexandra Carvalho)


Rezam as memórias dos mais antigos que, em tempos idos, aqueles quintais haviam sido habitados por um número infindável de gatos, de todas as cores, pelagens e feitios. Os felinos viviam em paz e tranquilidade nas suas lides quotidianas: ora espraiando-se ao sol quente da tarde, ora vagabundeando monotonamente de quintal em quintal… naquele pátio interior, fruto da confluência das traseiras dos prédios de duas das principais ruas de Benfica.

Dª. Luísa morava no 1º Esq. do prédio amarelo, num andar cuja cozinha terminava com uma imensa varanda fechada de cortinas alvas, que se abria sobre um pequeno terraço.
No seu pequeno terraço, debruado a buganvílias carmim, Dª. Luísa recebia diariamente a visita de inúmeros desses gatos dos quintais, a quem oferecia alimento e abrigo.

A
“Rabinho de Raposa” (também conhecida por alguns como Misha) era bebé quando por ali começou a aparecer há muitos anos atrás (cerca de 18 no total), ainda o "Shaka" (cão da Dª. Julieta, a vizinha do lado e grande amiga de Dª. Luísa) era vivo.
Ninguém sabe ao certo de onde a Rabinho de Raposa apareceu, mas a sua pelagem de
Bosques da Noruega deixava indiciar que a sua linhagem seria, eventualmente, originária daquele barracão de alumínio e vidro, à frente dos terraços, onde um vizinho do mesmo prédio amarelo fazia criação de gatos de raça para seu sustento.
Shaka, o
Bichon Frisé, nascido na África do Sul, a quem haviam concedido nome de rei, não tolerava a presença dos restantes felinos no terraço da vizinha, apenas se predispondo a entendimento com a bela (e quase nobre pela pose) Rabinho de Raposa.

Dª. Luísa era viúva e, apenas de tempos a tempos, recebia a visita de algum familiar. No entanto, tinha uma perfeita adoração por uma das suas sobrinhas, a qual considerava como o seu
“Ai Jesus!”.
Com a distância física e o esquecimento moral dos que lhe eram próximos pelo sangue, Dª. Luísa acabou por ter que tecer a sua própria família no prédio onde viveu durante mais de 30 anos (afinal de contas, sempre possuíra veia de artista e tecia tapetes de Arraiolos como ninguém!): Dª. Julieta, a vizinha do lado, era a amiga de todas as ocasiões, com quem compartilhava o seu amor pelos animais; Dª. Helena, a vizinha do 2º andar, a sua confidente dos últimos anos, quando se apaixonara e não sabia o que as restantes vizinhas iriam comentar nas suas costas por receber visitas diárias do seu homem. 
Dª. Luísa era, sobretudo, uma mulher muito avançada e emancipada para o seu próprio tempo!... Apaixonada sim, mas com as devidas distâncias (e cautelas), mantendo-se cada um na sua própria casa – ou não fora o facto de ser Aquariana lhe conceder essa intempestividade quotidiana de quem anseia sempre por mais liberdade interior.

No que diz respeito aos ciclos reprodutivos dos felinos dos quintais, foi, também, Dª. Luísa que, por sua livre auto-recriação, decidiu passar a dar a pílula a todas as gatas, quando descobriu que a maioria dos gatos que ali nasciam das ninhadas sucessivas da “sua” Rabinho de Raposa terminavam os seus dias envenenados
num quintal não muito longe do seu pequeno e aprazível terraço.

E foi assim que no seu pequeno terraço passaram a viver (protegidas) apenas a Rabinho de Raposa e uma das suas filhas que nunca dali se afastara (gata a quem nunca apelidara, talvez, por ser arisca; e a quem alguém, meses mais tarde, viria a nomear como
Luana, por ter focinho de lua cheia). Protegidas por entre as buganvílias e outras flores matizadas, Rabinho de Raposa e Luana tinham, também, o privilégio de pernoitar na varanda fechada de Dª. Luísa e, de vez em quando, de entrarem em sua casa.

Rabinho de Raposa, apesar da atitude de princesa e de nunca arranhar nada dentro de casa (ao contrário de Luana), tinha alma de viandante e, tal como a sua protectora, não gostava de se sentir aprisionada... pelo que gostava de ir sempre dar as suas voltinhas pelos quintais, tendo descoberto um outro 1º Esq. onde abundavam as iguarias para felinos.


Fotografia de Alexandra Carvalho



Com o passar dos anos e os consequentes achaques de saúde, Dª. Luísa teve, um dia, que ser internada no hospital.

Nesse preciso momento, o seu pensamento encontrava-se muito mais distante da doença que a assolara... percorrendo o seu aprazível terraço, implorando às vizinhas que tratassem das duas gatinhas na sua ausência.

Alguns meses mais tarde, Dª. Luísa foi encontrada sentada na sua cozinha, como que adormecida… para todo o sempre (apenas a alguns dias de completar o seu 78º aniversário, no mês de Fevereiro de 2008).
O seu “enorme” e precioso coração, que todos os seres amava e protegia, havia parado bruscamente.
Rezam as memórias mais recentes que, no seu funeral, o seu apaixonado de outros tempos não conseguira evitar o pranto ao vê-la partir; tal como, no seu aprazível terraço, a Rabinho de Raposa ficara
com os seus olhos felinos em lágrimas, enquanto dormitava na varanda fechada que fora de Dª. Luísa.

A família de sangue foi célere em arrecadar os bens e pertences de Dª. Luísa,
despindo o outrora aprazível terraço de toda a vida vegetal e animal. Rabinho de Raposa e Luana foram votadas ao abandono e enxotadas para longe, tendo encontrado abrigo no quintal vizinho de Dª. Julieta, que as continuou a proteger por se tratarem da única herança que a amiga de longa data lhe havia deixado.

Em pleno mês de Março, início da Primavera, os quintais estavam impregnados de um odor a flores murchas… como se a própria natureza sentisse a dor da perda deste imenso coração.

Em Abril, após a morte de Dª. Luísa e de
um outro casal, a harmonia e beleza da vida nos quintais pareceram, por momentos, conseguir ser arrebatadas pela desumanidade do Homem.
Felizmente, durante o mês de Maio, a natureza e a própria vida conseguiram vingar por onde a agrura se quis instalar...
Os 6 filhotes de Luana nasceram no tanque da vizinha do R/c. Protegidos, durante meses a fio, das chuvas e do frio, pelo corpo e pêlo da Rabinho de Raposa, sua avó; que, mais tarde, ensinaria a sua filha Luana a pegar-lhes pelo cachaço e a trazê-los para o terraço que outrora pertencera a Dª. Luísa.

Rezam as vozes de quem viveu (bem) de perto toda esta história que não há mãe tão protectora e diligente como a Rabinho de Raposa… que só lhe falta saber expressar-se na nossa própria língua.

Há, ainda, quem diga que os animais adquirem as qualidades dos humanos com quem mais convivem!






domingo, 12 de julho de 2009

sábado, 11 de julho de 2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Palácio dos Condes de Caria






"Quinta das Laranjeiras" (s/data),
Arnaldo Madureira, in Arquivo Municipal de Lisboa






No vasto terreno do que outrora constituiu a Quinta das Laranjeiras, para além do Palácio do Conde de Farrobo e do Jardim Zoológico, encontra-se ainda instalado um palacete antigo onde, até há bem pouco tempo, funcionou um selecto restaurante.









Composto por dois edifícios, interligados por uma ampla entrada onde, noutros tempos, se deixavam os cavalos a repousar...






Este palacete apresenta ainda a particularidade de ter um portão de entrada para o que se nos afigura ser um imenso jardim, nas traseiras do palacete.








O Palácio dos Condes de Caria, sito na Estrada das Laranjeiras, Nº 174-176, confluindo com a Praça Nuno Rodrigues dos Santos, Nº 16-16A, faz parte do "Inventário Municipal de Património"... encontrando-se hoje em dia, tal como muitos outros edifícios antigos, para venda.