segunda-feira, 25 de julho de 2011

Rua Emília das Neves - Anos 60





(por Alexandra Carvalho, com Fernando Carvalho)




Como já referi num outro post, um dos aspectos que considero mais importantes neste mundo dos blogues e das redes sociais prende-se com o facto destes constituírem verdadeiros espaços de partilha, onde podemos aprender muitíssimo uns com os outros.

Modéstia à parte, penso que este nosso "Retalhos de Bem-Fica" tem sido disso mesmo um exemplo notório!
Nestes últimos anos, tenho aprendido muito mais sobre Benfica do que em 35 anos de vida nesta freguesia!
E, para isso, muito têm contribuído não só os comentários que os diversos leitores aqui nos têm deixado, como também as conversas que tenho mantido com vizinhos, comerciantes e amigos que por aqui também residem (há muito mais tempo do que eu).

Ao saberem que colaboro na redacção do "Retalhos de Bem-Fica", muitos têm sido os vizinhos de rua ou de prédio que se aproximam e partilham comigo as suas vivências na nossa Benfica (e tantas entrevistas e fotos que tenho pendentes com eles, por falta de tempo minha e dos que comigo aqui colaboram - uma vez que efectuamos voluntariamente este trabalho, para além dos nossos "ganha-pão" diários)...

As pessoas acabam por se tornar mais afáveis e próximas em torno da ideia do "Retalhos de Bem-Fica", por sentirem que o trabalho que vimos desenvolvendo neste blogue comunitário vem colmatar essa falta que foram sentindo, com o passar dos anos, de um espaço de coesão e pertença (que noutros tempos existiu mais espontaneamente do que hoje em dia).

E devo confessar que, para nós, colaboradores deste blogue comunitário, tem sido com uma imensa alegria que temos vindo a receber os vossos e-mails e contactos!

Reitero aqui o apelo que já lançámos há algum tempo atrás, para o caso de quererem partilhar fotografias ou testemunhos sobre a Benfica de outros tempos (assim como sobre a Benfica actual, actividades que estejam a organizar, dúvidas que tenham ou, simplesmente, se tiverem vontade de connosco colaborar), para nos contactarem através deste e-mail:
palavraseimagens@gmail.com


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E o post de hoje é feito em colaboração directa com um dos meus vizinhos do 3º andar, o Sr. Fernando Carvalho (apesar do apelido, não somos familiares), que me havia prometido remeter por e-mail umas fotografias da "nossa rua", quando ainda não existiam tantos prédios à nossa frente (podendo ver-se a construção do Bairro de Santa Cruz e a destruição de algumas das antigas vivendas existentes)...

Com a seguinte indicação:

"Envio-lhe cinco fotos tiradas nos anos indicados na varanda do 3º andar. Na altura a rua ainda tinha 2 sentidos - passou a sentido único em 1963 ou 1964. Cá de cima viam-se passar os comboios na estação/apeadeiro de Santa Cruz (já extinto)!"




Rua Emília das Neves - 1957

Fotografia gentilmente cedida por Fernando Carvalho




Rua Emília das Neves - 1958

Fotografia gentilmente cedida por Fernando Carvalho



Rua Emília das Neves - 1959

Fotografia gentilmente cedida por Fernando Carvalho




Rua Emília das Neves - 1960

Fotografia gentilmente cedida por Fernando Carvalho



Rua Emília das Neves - 1962

Fotografia gentilmente cedida por Fernando Carvalho







Muitíssimo obrigada, Sr. Fernando Carvalho, pelo envio destas fotos de família, que tão bem nos auxiliam a "escrever" a História da nossa freguesia!








4 comentários:

Unknown disse...

Fantástica a paisagem até à linha de comboio ;)

fausto castelhano disse...

A 1ª foto é espectacular! Ao longe, para as bandas da Damaia de Cima, ainda se avistam 2 dos muitos moinhos de vento que existiam na região! Muito bom

Julio Amorim disse...

Recordo-me bem desta vista e, um bocadinho mais para a direita, via-se a Pena de Cintra. Ora isto tudo de um segundo andar na Rua dos Arneiros....belas vistas!

Anónimo disse...

A Rua Emília das Neves terá passado a sentido único um pouco antes de 63, eventualmente 60 ou 61. É que nunca me lembro dela com 2 sentidos e, já em 62, passava a vida à janela (uma janela que se vê na foto de 59 do Sr. Fernando Carvalho) precisamente a ver o trânsito (carros do Eduardo Jorge, da CML, da água de Caneças). Adorava o bulício da manhã. Saí dessa rua em 64.