O nome do Professor Agostinho da Silva ficará para sempre ligado a esta livraria, e por razões ainda mais especiais, à própria Ulmeiro.
Acho que foi o Miguel Esteves Cardoso que, no falecido jornal "O Independente", dizia que a Ulmeiro era aquela editora que publicava um livro de Agostinho da Silva por semana!!!
Estive muitas vezes em casa do Professor ali bem perto do Príncipe Real antes do abate criminoso daquelas árvores.
A sua presença nesta livraria de Benfica verificou-se em diversas alturas e também em lançamentos de livros. Num deles recordo a presença do Fernando Assis Pacheco, a quem um dia destes tenciono dedicar uma destas "pequenas estórias".
Voltando a Agostinho da Silva, recordo os livros que editou na Ulmeiro para dizer que fomos a única editora que colocou no mercado os seus livros inéditos: "Uns Poemas de Agostinho", "Educação de Portugal", "Do Agostinho em torno do Pessoa" e "Quadras Inéditas"... e espero não me ter esquecido de nenhum!
Há também a sua correspondência com José Flórido: "Um Agostinho da Silva"! E das suas edições de autor há um livrinho que é uma excelente súmula do seu pensamento e que há muito deveria fazer parte dos livros obrigatórios dos estudos secundários! Falo do "Sete Cartas a um jovem filósofo"...
Discuti com Agostinho da Silva bastas vezes a questão dos seus Direitos de Autor. Disse-me sempre: - "Não se preocupe, eu nem sequer tenho a certeza de ter sido eu a escrever os livros... O que eu quero é ajudar a Ulmeiro e se sobrar qualquer coisa dê o seu apoio aos timorenses e mande uns livrinhos para Bibliotecas!". E falou especialmente em Olivença.
Um dia, era eu um estudante tardio da Faculdade de Letras de Lisboa, a pedido da Associação de Estudantes, convenço o Professor a vir palestrar com estudantes e professores.
Nunca mais esquecerei as palavras do Mestre (título que, eu sei, detestava!) na abertura da sua Conversa, num Auditório a abarrotar como um ovo: - "Não imaginam o prazer que eu tenho em poder dizer numa Faculdade de Letras que as pessoas com quem mais aprendi na vida eram analfabetas!..."
À saída o pessoal da Associação de Estudantes quis oferecer-lhe uma recordação. Disse-me: - "Diga-lhes para me oferecerem uns módulos para o autocarro...!"...
(JAR)
Acho que foi o Miguel Esteves Cardoso que, no falecido jornal "O Independente", dizia que a Ulmeiro era aquela editora que publicava um livro de Agostinho da Silva por semana!!!
Estive muitas vezes em casa do Professor ali bem perto do Príncipe Real antes do abate criminoso daquelas árvores.
A sua presença nesta livraria de Benfica verificou-se em diversas alturas e também em lançamentos de livros. Num deles recordo a presença do Fernando Assis Pacheco, a quem um dia destes tenciono dedicar uma destas "pequenas estórias".
Voltando a Agostinho da Silva, recordo os livros que editou na Ulmeiro para dizer que fomos a única editora que colocou no mercado os seus livros inéditos: "Uns Poemas de Agostinho", "Educação de Portugal", "Do Agostinho em torno do Pessoa" e "Quadras Inéditas"... e espero não me ter esquecido de nenhum!
Há também a sua correspondência com José Flórido: "Um Agostinho da Silva"! E das suas edições de autor há um livrinho que é uma excelente súmula do seu pensamento e que há muito deveria fazer parte dos livros obrigatórios dos estudos secundários! Falo do "Sete Cartas a um jovem filósofo"...
Discuti com Agostinho da Silva bastas vezes a questão dos seus Direitos de Autor. Disse-me sempre: - "Não se preocupe, eu nem sequer tenho a certeza de ter sido eu a escrever os livros... O que eu quero é ajudar a Ulmeiro e se sobrar qualquer coisa dê o seu apoio aos timorenses e mande uns livrinhos para Bibliotecas!". E falou especialmente em Olivença.
Um dia, era eu um estudante tardio da Faculdade de Letras de Lisboa, a pedido da Associação de Estudantes, convenço o Professor a vir palestrar com estudantes e professores.
Nunca mais esquecerei as palavras do Mestre (título que, eu sei, detestava!) na abertura da sua Conversa, num Auditório a abarrotar como um ovo: - "Não imaginam o prazer que eu tenho em poder dizer numa Faculdade de Letras que as pessoas com quem mais aprendi na vida eram analfabetas!..."
À saída o pessoal da Associação de Estudantes quis oferecer-lhe uma recordação. Disse-me: - "Diga-lhes para me oferecerem uns módulos para o autocarro...!"...
(JAR)
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