Será difícil pensar, nos tempos que correm, em alguém deixar abandonado um telefone. Mesmo que um dos clássicos de fio.
Esta chamada caída foi, quiçá, o último gesto útil neste prédio de esquina na Estrada de Benfica.
O próximo será o camartelo em que nem os ferros forjados se aproveitarão. Com ele, mais um pedaço da nossa memória, pessoal ou colectiva.
E se o Futuro é importante - que o construímos no Presente - se não for alicerçado no Passado, pouco mais sólido será que um castelo de areia.
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