segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Pedro







No dia em que esta fotografia foi tirada, festejava os seus primeiros 7 meses de vida.
Segundo a família embevecida, com tão tenra idade, era já um óptimo dançarino.
Nasceu em Portugal e é neto da dona da loja chinesa aqui do meu bairro. Nessa tarde ouvimos músicas de embalar, cantadas em mandarim.

Passados dois anos, o Pedro ganhou um irmão. E, segundo soube hoje, quando fui à loja e vi a sua mãe muito agoniada, um terceiro irmão (ou irmã) já vem a caminho, daqui a sete meses.

Em termos étnicos e culturais (defeito profissional), há dois pormenores nesta estória que considero interessantíssimos: - o facto de grande parte dos chineses comerciantes que conheço darem nomes portugueses aos seus filhos (quem sabe, se não procurando dessa forma integrarem-se mais rapidamente na sociedade portuguesa); - o facto de, longe do seu país de origem, inúmeros cidadãos chineses poderem deixar de se reger pela Lei do Filho Único e disporem de liberdade para terem o número de filhos que assim entenderem (contribuindo para a "regeneração" de uma Europa cada vez mais envelhecida).













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