24/06/08
(por Alexandra Carvalho)
No nº 45 A da Avenida Grão Vasco ficava situado mais um dos ícones da nossa infância: a loja de brinquedos "Bambi".
"Ficava", tempo verbal no Passado... porque, infelizmente, em Maio de 2008, esta loja fechou as suas portas ao público, depois de muitos anos de resistência.
Num anúncio que encontrei ao pesquisar na internet, podia ler-se:
"Com a tradição que só o tempo permite obter, a loja de brinquedos Bambi proporciona-lhe, desde há vários anos, um espaço dedicado aos mais pequenos com todos os brinquedos e jogos entre outros atractivos, que farão qualquer criança muito feliz."
E, em suma, era isso mesmo que a "Bambi" simbolizava para todos aqueles que, tal como eu, nasceram nos idos anos 70 e cresceram nos 80, em que o consumismo ainda não imperava tão fortemente como nos dias que correm... nem tão pouco os nossos pais e/ou avós acediam a nos comprar brinquedos a torto e a direito.
Em criança, era sempre uma grande sensação (e agitação) passarmos à sua porta e vislumbrarmos a montra, onde, com as mãos meticulosa e estrategicamente posicionadas entre o vidro e os nossos olhos, conseguíamos antever ao fundo na penumbra os "bebés carecas", as bicicletas e triciclos, os jogos...
Em seguida, o frenesim e entusiasmo eram tais que, entrar naquela pequena loja de 2 pisos (quase encafuados um no outro), se assemelhava a algo de único como entrar na caverna dos 40 ladrões da história do Ali-Bábá. Por todo o lado existia sempre um novo brinquedo ou mistério a descobrir.
E os nossos pequeninos olhos reluziam com tanta... tanta coisa que, nesse outro tempo, impregnava os nossos dias de uma magia profundamente naif.
Mais um capítulo do passado colectivo (de alguns de entre nós) que se fecha!...
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