(por Alexandra Carvalho)
03/04/08
"Une promenade au cimetière est une leçon de sagesse presque automatique.
Moi-même, j'ai toujours pratiqué ce genre de méthodes;
ça ne fait pas très sérieux, mais c'est relativement efficace...
Si vous avez la conscience du néant,
tout ce qui vous arrive garde ses proportions normales
et ne prend pas les proportions démentes
qui caractérisent l'exagération du désespoir."
Emil Cioran
Moi-même, j'ai toujours pratiqué ce genre de méthodes;
ça ne fait pas très sérieux, mais c'est relativement efficace...
Si vous avez la conscience du néant,
tout ce qui vous arrive garde ses proportions normales
et ne prend pas les proportions démentes
qui caractérisent l'exagération du désespoir."
Emil Cioran
Muro lateral do Cemitério de Benfica
(Outono/2006)
Cemitério de Benfica...
Tal como em muitos outros pontos da cidade, uma senhora alimentava, religiosa e diariamente, diversos gatos que viviam ou deambulavam dentro do cemitério, protegidos pela serenidade natural daqueles que já não habitam este mundo.
Tal como em muitos outros pontos da cidade, uma senhora alimentava, religiosa e diariamente, diversos gatos que viviam ou deambulavam dentro do cemitério, protegidos pela serenidade natural daqueles que já não habitam este mundo.
Um dia, há cerca de alguns anos atrás, esta senhora faleceu.
Uma história igual a tantas outras, não fora o facto de, no dia do seu funeral, quando o carro da agência funerária onde o seu corpo era transportado fez uma breve paragem à entrada do tal cemitério, como é tradição...
Primeiro surgiu um gato, depois aproximou-se outro, logo a seguir mais um... e, ao fim de alguns segundos apenas, uma dezena de gatos, sentados hirtos que nem estátuas de mármore, olhavam circunspectos o carro funerário, à entrada do Cemitério de Benfica.
Conta quem viu esta cena inédita (e verídica) que os animais pareciam estar a despedir-se...
1 comentário:
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