domingo, 15 de fevereiro de 2009

Rua Ernesto da Silva




04/03/08




"Rua Ernesto da Silva, 20 a 34"Goulart, Artur, in Arquivo Municipal de Lisboa

Fotografia de Alexandra Carvalho (2008)

"Rua Ernesto da Silva, 44 a 48"
Goulart, Artur (1965), in
Arquivo Municipal de Lisboa



Fotografia de Alexandra Carvalho (2008)




As persianas deixaram de contrabalançar a luz do sol, naquelas casas enfaixadas com mansardas.

As janelas foram emparedadas...
E o tag do graffiti parece apenas querer recuperar o que há já muito tempo desapareceu daquela casa.

Apenas os descendentes das gerações de gatos que em 1965 viviam à porta do nº 48 da Rua Ernesto da Silva persistem... através daquela triste marcha do tempo, que parece querer apagar todas as résteas de Passado.






6 comentários:

m disse...

Escusado será de dizer que é a casa da minha tia... ;)
bj

Alexa disse...

Marta: qual delas? A primeira nas fotos, certo?
Ou a que veio, recentemente, abaixo (última nas fotos), também pertence à tua família?
Bj gd de saudades

Anónimo disse...

Olá,
Eu moro na Rua Ernesto da Silva, em Algés. Como sou curioso, perguntei ao serviço de toponímia da Câmara Municipal de Oeiras quem era Ernesto da Silva. Espantosamente (para mim), responderam que não sabiam, que era uma designação dada pelos próprios habitantes, de antes de existir o departamento na Câmara.
Na Internet, descobri este simpático blog sobre Benfica, freguesia que tem lugares com o mesmo nome que a minha rua. Será que me pode dizer quem era Ernesto da Silva?
Desculpe o incómodo.
Cumprimentos,
Nuno Serras

Alexa disse...

Caro Nuno Serras:

Fico contente pelo feliz acaso que o trouxe ao nosso blog :)
Espero que nos visite mais vezes e intervenha sempre que achar importante.

Estranhei muito a resposta que lhe deram da C.M. Oeiras, mas bom...

Aqui vai a resposta:

"Ernesto da Silva (06,01,1868 - 25,04,1903) foi um tipógrafo, jornalista, dramaturgo e político que começou a trabalhar na Imprensa Nacional onde foi revisor-tipógrafo. Tornou-se propagandista do movimento operário tendo tentado sem êxito a organização de uma Federação dos Trabalhadores do Livro. Filiado durante alguns anos no Partido Socialista Português, onde teve uma desinteligência com Azedo Gneco de que resultou uma cisão. Como jornalista colaborou em vários jornais libertários e no diário «O Mundo». O carácter social também impregnou as suas peças como «O Capital», «Os que trabalham» (1896), «Nova Aurora» (1900) ou «Os vencidos da vida» (1902)."

In "Toponímia de Lisboa" (http://toponimia.cm-lisboa.pt/pls/htmldb/f?p=106:1:355301744796287)

Anónimo disse...

Obrigado! :)

Nuno Serras

Anónimo disse...

Esta artéria (Rua Ernesto da Silva), assim como o Largo Ernesto da Silva e a Travessa do Vintém das Escolas, só adquiriram estas designações depois da implantação da República Portuguesa em 1910.
Anteriormente, tinham os seguintes topónimos: Rua do Espírito Santo, Largo do Espírito Santo e Travessa do Espírito Santo.

Fausto Castelhano